"É inevitável" recuo do Governo na meia hora extra
"Eu diria que é inevitável que o Governo mude de posição, sob pena de estar em causa o tipo de sociedade que temos e a própria democracia", afirmou Carvalho da Silva no final de uma reunião com o presidente da CIP - Confederação da Indústria Portuguesa, António Saraiva.
Segundo considerou, "o aumento do horário de trabalho configura-se como horário forçado, não tem outro enquadramento e não tem nem racionalidade económica, nem racionalidade do ponto de vista social e só deve ter um caminho que é desaparecer".
A CGTP reuniu-se esta tarde com a CIP, naquela que foi a segunda reunião bilateral entre a central sindical e o representante dos patrões, no sentido de encontrar pontos de convergência que dinamizem a economia portuguesa.
Dar prioridade ao investimento, disponibilizar mecanismos de apoio financeiro às empresas, para que estas não encerrem "por ausência de soluções de tesouro financeiro e de tesouraria", são matérias de convergência entre ambos.
Destes encontros pretende-se, segundo Carvalho da Silva, soluções que dêem prioridade à estrutura produtiva, à economia e à dinamização da economia.
António Saraiva afirmou, por seu turno, que esta reunião se destinou a discutir "um conjunto de matérias que carecem de solução, nomeadamente, a contratação colectiva".